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POLÍTICAS MACROECONÔMICAS

reunião política

A inflação é um conceito amplamente compreendido, mas muitos desconhecem a existência de uma meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que deve ser alcançada pelo Banco Central do Brasil. No entanto, é essencial esclarecer que a ausência de inflação ou deflação (inflação negativa) nem sempre indica uma economia saudável. Quando a população enfrenta desemprego em alta ou teme gastar, isso pode resultar em uma baixa inflação, que por sua vez prejudica o Produto Interno Bruto (PIB).

O PIB mede a produção de bens e serviços finais de um país. Com altas taxas de desemprego, a produção e o consumo de bens e serviços diminuem, levando a uma redução do PIB.

Para controlar a inflação, o Banco Central (BACEN) e o governo utilizam políticas macroeconômicas, que incluem:

 

1 - Política Monetária

Quando falamos em política monetária, estamos nos referindo ao dinheiro. O objetivo dessa política é regular a quantidade de dinheiro em circulação. Mais dinheiro em circulação leva a um aumento na demanda, o que pode resultar em inflação, caracterizando uma política expansionista. Menos dinheiro em circulação reduz a demanda e tende a diminuir a inflação, caracterizando uma política contracionista.

O BACEN possui três ferramentas para controlar a quantidade de dinheiro em circulação:

a) Depósito compulsório: Todos os bancos são obrigados a depositar uma porcentagem dos depósitos de pessoas físicas e jurídicas diretamente no BACEN. Quanto maior a porcentagem, menor a quantidade de dinheiro em circulação.

b) Operação de Redesconto: O BACEN empresta dinheiro às instituições financeiras. Se a taxa de juros for alta, os bancos pegarão menos dinheiro, reduzindo a quantidade em circulação. Se a taxa for baixa, os bancos pegarão mais dinheiro, aumentando a quantidade em circulação.

c) Open Market (Mercado Aberto): O BACEN compra e vende títulos públicos federais para retirar ou injetar dinheiro na economia.

2 - Política Fiscal

A política fiscal envolve as despesas e receitas do governo. Ela pode ser contracionista, aumentando impostos, reduzindo gastos públicos e programas assistencialistas, ou expansionista, reduzindo impostos, aumentando gastos públicos e ampliando programas assistencialistas. Um exemplo de política fiscal expansionista é a isenção de IPI e IOF em certas situações para estimular o consumo.

3 - Política Cambial

A política cambial está relacionada à taxa de câmbio do Real brasileiro em relação a outras moedas mundiais. É importante notar que existem vantagens e desvantagens em diferentes cenários cambiais. Um Real subvalorizado aumenta as exportações e o turismo, enquanto um Real supervalorizado facilita as importações, aumenta o poder de compra e controla a inflação.

No Brasil, adotamos o regime de política cambial flutuante suja, no qual o BACEN intervém para controlar o valor da moeda estrangeira no país. Manter o valor da moeda estrangeira sob controle é essencial, pois um valor muito elevado prejudica o poder de compra dos brasileiros, enquanto um valor muito baixo compromete as indústrias nacionais devido ao aumento das importações.

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